segunda-feira, 6 de julho de 2015
Jornal e Genes
Narrado por Albert.
São quase quatro da tarde e ainda estou aqui deitado, talvez eu nem devesse levantar... É quase como se eu ainda fosse um adolescente e não tivesse obrigação alguma.
Quando meus pais ainda eram vivos, seria meio difícil me deixarem dormir até esse horário, a dona Olivia era "casca dura" e sempre encontrava algum serviço pra me ocupar. Enquanto o meu pai, bem, ele sempre acordava bem cedo e ia em direção ao bosque fazer suas pesquisas.
Dona Olivia adorava fazer café bem cedo e cortar duas ou três fatias de queijo pra comer junto. Havia vezes em que a minha preguiça dava férias de mim e eu podia levantar a tempo de sentar-me com ela e aproveitar o cheiro do café fresco.
A cozinha era de um tom marrom, algo bem natural pras pessoas daquela casa, nada de cores chamativas como azul ou amarelo, não até meu primeiro moletom lima.
As nossas conversas se limitavam as notícias dos jornais, (apesar de não ser algo normal pros outros garotos da minha idade) eu adorava o teor político das conversas e como minha mãe era bem entendida dos assuntos humanos. O terremoto no Haiti e a saída das tropas americanas do território iraquiano dando um fim a guerra eram só alguns dos assuntos que ela adorava discutir.
Se não fosse pelo acidente a gente ainda estaria tendo essas conversas...
Está na hora de eu me levantar, ainda a matérias a serem escritas pro jornal de amanhã, afinal cidade é pequena, mas a sempre algo importante acontecendo dentro dessas Ruas Coloniais a ser contado.
Creio que hoje seja um dia pra se usar camisa social e sapatos lustrados, afinal a trabalho a ser feito e pessoas a interrogar. A propósito, sou jornalista repórter a dois anos e faço parte da redação responsável por contar dos crimes ocorridos.
Na última semana nada de grande "bafafa" tem ocorrido, mas tenho a impressão que algo grande está por vir e isso me deixa bem intrigado e excitado com a pauta da semana.
Para hoje devo apenas ir a quitanda no primeiro andar comprar o jornal de hoje e depois posso voltar pro apartamento e terminar de pesquisar sobre o garoto que vi correndo ontem no mercado.
Era um garoto de uns 15 ou 16 anos imagino. Talvez ele tenha roubado algo e saiu correndo por ali, porém, algo me diz ser bem mais interessante que um simples furto.
Bem, devo sair agora, talvez amanhã eu tenha resolvido esse mistério e tudo faça um pouco mais de sentido nessa estória.
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